Economia

Moeda da China se desvaloriza e pode acirrar guerra comercial, dizem analistas

Segundo a ministra da Agricultura, ainda é preciso avaliar os impactos, mas ela adiantou que o Brasil é um grande concorrente dos EUA no agro

Bandeira da China, chinês
Segundo banco asiático, a queda reflete as “medidas unilateralistas e protecionistas” e as expectativas de tarifas contra a China por parte dos EUA. Foto: Pixabay

A moeda chinesa caiu para além do nível psicologicamente importante de 7 iuanes por dólar, dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar ampliar taxas para cobrir essencialmente todas as importações de bens chineses.

Segundo a Safras & Mercado, a depreciação provavelmente aumentará a disputa comercial entre Estados Unidos e China. “Trump e muitas outras autoridades norte-americanas há muito acusam a China de enfraquecer o iuane para tornar suas exportações mais baratas e obter uma vantagem injusta no comércio. Pequim nega”, informa a consultoria.

A queda do iuane foi “devido aos efeitos de medidas unilateralistas e protecionistas e as expectativas de tarifas contra a China”, disse o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país), em comunicado.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que ainda é preciso avaliar o impacto desse movimento. “O Brasil é grande concorrente, na área agrícola, dos Estados Unidos. A gente tem que avaliar detalhadamente como isso vai se refletir”, disse, durante sua participação no Congresso Brasileiro do Agronegócio, nesta segunda, 5.