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Controle do bicudo do algodão garante safra 67% maior em Minas Gerais

Cotonicultores mineiros comemoram aumento da produção, que deve chegar a 73,2 mil toneladas de algodão em pluma

algodão

O clima entre os cotonicultores de Minas Gerais é de euforia, pois a safra 2018/2019 deve ter uma produção 67,3% maior do que a anterior, colocando o estado na terceira posição no ranking dos maiores produtores de algodão no Brasil, perdendo somente para Mato Grosso e Bahia.

A estimativa é de que sejam colhidas 73,2 mil toneladas de algodão em pluma nas lavouras mineiras este ano, contra 43,7 mil toneladas colhidas na safra anterior – que já havia sido 59,2% maior do que a temporada 2016/2017, com 27 mil toneladas do produto, segundo dados da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).

Tamanho crescimento foi possível graças a ações de fortalecimento do combate ao bicudo-algodoeiro, praga capaz de devastar lavouras inteiras, se não for feito o manejo correto. A Amipa estabeleceu uma parceria com a Embrapa para desenvolver tecnologias para a produção de algodão, com foco no controle do bicudo, inseto que já foi responsável pelo fim de plantações em outros estados da federação.

Rotação de princípio-ativo e modo de ação

Para evitar a ocorrência do bicudo-algodoeiro nas propriedades, os cotonicultores devem manter certos cuidados, como fazer o plantio sempre dentro da janela, destruir as soqueiras e plantas voluntárias, na entressafra, eliminar as plantas daninhas (hospedeiros alternativos) na pré-safra.

Mesmo assim, os agricultores correm sérios riscos, porque o clima tropical favorece o desenvolvimento do inseto nas plantações de algodão brasileiras. Além disso, a população de insetos pode se tornar resistente à fórmula dos defensivos usados em grande escala nas lavouras.

O engenheiro agrônomo Márcio Trento, gerente da cultura do algodão da Syngenta, explica que as pulverizações de inseticidas para combater o bicudo giram em torno de 15, sendo 90% delas utilizando o mesmo princípio-ativo e mesmo modo de ação. Por isso, é preciso investir na rotação de defensivos para que o controle da praga seja mais eficaz.

Mercado em ascensão

Não só a produção, mas também o volume de área cultivada na cotonicultura em Minas Gerais tem aumentado: saltou de 25,23 mil ha em 2017/2018 para 42,8 mil ha em 2018/2019, um crescimento de 69,6%.

Das 73,2 mil toneladas de algodão em pluma estimadas para a colheita 2018/2019, cerca de 20 mil toneladas já estão contratadas com tradings internacionais. As outras 52 mil toneladas serão destinadas ao mercado interno. De acordo com a Associação Mineira dos Produtores de Algodão, a produção mineira já é exportada para 34 países.

O Brasil é o segundo maior exportador global de algodão. O volume total de vendas para o mercado externo em 2018/2019 deve ficar próximo de 2 milhões de toneladas e a expectativa é atingir a marca de 2,8 milhões de toneladas da pluma de algodão nesta safra. Na safra anterior, foram colhidas 2 milhões de toneladas, crescimento que enaltece a importância de investir no manejo correto das lavouras, com tecnologia e eficiência no controle de pragas.

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