Agronegócio

Operação contra incêndio na Amazônia pode ser prorrogada por um mês

De acordo com ministro da Defesa, setembro está sendo considerado tão seco quanto agosto, o que justificaria manter as Forças Armadas na região

bombeiro apagando queimada
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) das Forças Armadas para combater focos de incêndio na floresta amazônica pode ser prorrogada por mais um mês devido à permanência do tempo seco no Norte e no Centro-Oeste do Brasil. Ao participar da 16ª Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que tratará do assunto nesta sexta, 20, com o presidente Jair Bolsonaro em uma reunião.

“Tenho um despacho com o presidente da República ainda hoje e vamos ver a necessidade e as solicitações de ser prorrogada ou não. O mês de setembro está sendo visualizado pelos especialistas como tão seco como agosto. Talvez a permanência das Forças Armadas seja conveniente”, disse o ministro, que acredita que a operação vai continuar. “A princípio, sim”, respondeu a um repórter que perguntou se a operação deve permanecer.

Azevedo e Silva apresentou dados de 29 dias da operação na Amazônia Legal, que foi realizada a partir da solicitação dos governos estaduais da região. O decreto presidencial que fundamenta a operação é válido até o dia 24.

Foram combatidos mais de 500 focos de incêndio no período. Cerca de 2.100 militares foram capacitados como brigadistas e 51.913,33 metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente foi apreendida. Ao todo, a operação resultou em 106 termos de infração que somam R$ 28,3 milhões em multas.

O ministro afirmou que a maior preocupação com os focos de calor está concentrada no norte de Mato Grosso e no sul do Pará. Também preocupam o centro-sul de Mato Grosso e Goiás. “Não temos preocupação na mata nativa”, disse Azevedo e Silva.

Durante sua palestra, o ministro apresentou gráficos que indicavam que a quantidade de focos de calor registrada em agosto de 2019 superou a média histórica, mas ficou abaixo dos piores anos desde 1998.

“Tem muita propaganda negativa em relação a isso que não corresponde com a realidade vivida agora”, afirmou ele, que afirmou que os focos de calor não são necessariamente focos de incêndio.