Soja

Brasil deve ter maior safra de soja da história, diz consultoria

Segundo a INTL FCStone, boas condições de plantio e clima dentro da normalidade apontam boa produtividade em estados importantes, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Foto: Ministério da Agricultura

O plantio de soja mais adiantado, somado às perspectivas de clima favorável, levou a consultoria INTL FCStone a projetar aumento na produção brasileira da soja no ciclo 2018/2019. A expectativa é que a safra chega a 120,2 milhões de toneladas, representando produção recorde, acima das 119,3 milhões de toneladas na temporada anterior.

Foram ajustadas as produtividades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com o rendimento médio para o Brasil ficando em 3,35 toneladas por hectare, nível ainda mais baixo que o alcançado na safra passada. Não houve alterações nos números de área plantada.

“Caso esse padrão favorável se mantenha, novos aumentos do rendimento, incluindo outros estados, podem ocorrer”, informou em relatório.

Em relação ao balanço de oferta e demanda, as exportações foram elevadas para 75 milhões de toneladas, diante do contexto de guerra comercial. Os estoques finais foram estimados em 670 mil toneladas.

“Esse ajuste foi possível porque a produção foi aumentada e houve um corte no número de consumo interno, já que as exportações estão muito atrativas. Caso os EUA e China, cheguem a algum acordo, com o país asiático voltando a comprar soja norte-americana, esse cenário pode mudar”, explica a analista de mercado Ana Luiza Lodi.

Milho

Para a primeira safra de milho, a INTL FCStone não trouxe mudanças, mantendo a produção em 27,1 milhões de toneladas. Em relação ao ciclo anterior, a área plantada avançou 2,1%, alcançando 5,2 milhões de hectares.

Atualmente, a produtividade média estimada para o Brasil, na safra de verão, está em 5,22 toneladas por hectare, nível abaixo das 5,28 toneladas por hectare do ciclo passado.

“Assim como observado para a soja, o plantio do milho ocorre sem maiores intercorrências e a possibilidade de ajustes de produtividade em relatórios futuros também existe”, disse Lodi.